quarta-feira, 9 de julho de 2008

You deserve to die

Imagine que eu sou o carrasco de uma pessoa que está no corredor da morte. Eu posso injetar o veneno e matá-la. E eu faço isso, mas não faço tudo... hesito... dou um pouco de esperança pra vítima... hesito porque talvez, com aquele último olhar a pessoa tenha me convencido de que merece viver. Mas eu tinha tomado uma decisão, e já causei mal a ela. E se eu termino de injetar o veneno e mato a pessoa, mas depois descubro que ela não era culpada de seus crimes e merecia viver. Como eu conseguiria seguir adiante, viver com isso? Agora pense na situação contrária: E se eu decido que já injetei veneno demais numa pessoa que merecia uma chance de viver. E faço isso com ela, desisto do veneno, lhe dou uma oportunidade novamente. E ela se torna má, me mostra que eu deveria realmente feito aquilo que fiz... Então o veneno passa a ser injetado em mim, e eu, decepcionado, a vejo rir de minha morte lenta e duplamente sofrida. Pelo veneno e pelo erro de deixar ela viver.

Quem deveria ser o "You" do título?

Alex R.

3 comentários:

Marcy disse...

Well well, não acredito que qualquer um de nós tenha (REALMENTE) a capacidade de julgar quem deve ou não morrer. Nosso julgamento normalmente é muito em "preto e branco" e não temos capacidade de analisar as coisas de forma mais ampla. O fato é que merecendo ou não morrer, todos vamos, eventualmente, morrer.

Alex R. disse...

Tá, mas... e falando metafóricamente? :D Quem merece "morrer"? :P Ou seja, se desligar, perder contato, e etc?

Beijos!

Alex R.

Marcy disse...

Aiiin, mas não dá. Nem "metaforicamente" eu consigo dizer se alguém merece ou não morrer. Essa é uma discussão deveras filosófica que poderia durar dias à fio...
Então: não sei! :-P