domingo, 22 de julho de 2007

SportsMan


Após um longo período sem “postar” algo (depois faço um com a retrospectiva da semana) volto à cena para comentar sobre um assunto que acho muito importante: Esportes.
E nesse tema, é claro que vou comentar sobre a F1 de hoje (!!!) :P mas antes... vou falar sobre os esportes em geral.
Reconheço que pra quem é fã dos esportes e em pleno clima de Pan, eu estou meio por fora do que está acontecendo. Mas tudo isso tem uma razão: Fiquei PROFUNDAMENTE chateado com o descaso e falta de respeito à comunidade da velocidade quando, por interesses políticos e econômicos, DESTRUIU-SE um autódromo que foi palco de eventos importantes como F1, MotoGP e F-Indy. Sendo que, me corrijam se eu estiver errado (pois estou com preguiça de procurar no Google), mas acho que o circuito do Rio de Janeiro foi o único a sediar o MotoGP e a F-Indy (a Indy eu tenho certeza, mas o MotoGP não, já que não é muito a minha área... apesar de assistir sempre que posso!) O que estou falando é serio, eu sei... mas é verdade! Tenho conhecimento do assunto, porque me informo sobre isso. Acompanhei bastante antes do Pan começar (desde o início de 2006) e de vez em quando ainda procuro alguma notícia sobre isso.

Quem se interessar em conhecer um pouco mais sobre a “verdade” por trás do Pan, acesse o blog http://sosautodromorj.blogspot.com/ e vocês verão que o assunto é sério e GRAVE!

Tá! Voltando... então havia decidido que não iria acompanhar o Pan. Ainda estava chateado com tudo o que eu sabia sobre “o verdadeiro Pan”, que não herdou nenhum dos valores associados ao esporte. Porém hoje, durante a F1 passou um pouquinho da natação e ao terminar de assistir a corrida, continuei com a TV ligada (como diria a Márcia, em seu post “TV: Aparelho dos infernos”, continuei hipnotizado) e comecei a assistir um pouco mais do Pan. Estava passando o Handbol Masculino, com o Brasil em quadra. E fiquei ali, fascinado pela “essência” do esporte como um todo, pelos valores agregados.

O esporte fortalece o ser humano, enaltece qualidades nobres, ensina o certo, o errado. Une famílias, pessoas estranhas movidas por um único sentimento: paixão! Esse sentimento bom, que traz junto, garra, determinação, lealdade, espírito de equipe, companheirismo, disposição para enfrentar dificuldades. Também aprendemos a lidar com a frustração, a controlar a ansiedade, melhoramos o nosso autocontrole, criamos maior resistência a dor física, em prol de um objetivo (quem não assistiu a Daiane machucada ainda tentar uma boa nota, e hoje vi o patinador gaúcho, medalha de ouro, admitir que também estava com dores, mas que superou isso). Fora isso, o esporte traz uma vida mais saudável, melhoramos o condicionamento físico, nos alimentamos melhor, cuidamos do sono, do descanso, etc. O esporte, quando levado à sério cuida do corpo e da mente. E isso é vital para uma qualidade de vida melhor.
Desde pequeno sempre tive contato com esportes, agradeço muito à minha família (mãe e pai) por enxergarem essa importância e me colocar em contato com algo tão benéfico. Muito do que aprendi em termos de caráter e valores que aplico no meu dia-a-dia, vêm das minhas experiências no esporte (e principalmente no automobilismo, mas aí se eu for falar sobre isso... acreditem, num ia caber num post, eu ia ter q colocar em livro!). Tenham certeza de que valorizo esse aprendizado, e faço questão de passar isso para meus filhos.
“Oficialmente:” já fiz natação, judô, tênis e agora automobilismo! :D Oficialmente significa que fiz aula, com professor e etc. Fiz natação pra ajudar na minha saúde (pois tenho sinusite) e até ganhei um “trofeuzinho” de “bronze” da minha única participação em campeonatos pela escolinha “Pingo D’Água”... hehehehe... Tenho o troféu até hoje, em gesso e pintado de marrom metálico para representar o “bronze”. Sobre o judô, eu num via muito sentido nele, até pq eu queria Karatê, mas reconheço que aprendi muito. Tive mais sucesso (até porque fiz durante mais tempo) do que na natação, ganhei algumas competições (nem sei onde estão as medalhas), cheguei à faixa amarela, mas depois parei. Porém aprendi valiosas lições sobre disciplina, condicionamento físico e a importância dos treinamentos. Lembro que a aula durava 1 hora. Daí corríamos os primeiros 20 minutos, depois treinávamos golpes, rolamentos, fazíamos exercícios específicos e etc... e só nos últimos 10 (!!!!) minutos de aula é que fazíamos um pouquinho de luta. :( E eu doido pra ficar uma hora lutando... hehehehe... Mas foi bom, aprendi bastante. No tênis eu cheguei a ter aula, mas não competi. Porque meu foco era o kart (na época eu estava começando a correr) e queria o tênis como um esporte complementar para melhorar meu condicionamento físico e diminuir meu peso (não que eu fosse gordo, mas no kart, quanto mais leve, melhor).
“Extra-oficialmente” (ou seja, sem ter aula e treinar sério, já joguei muito Hockey (sobre patins InLine), peteca (hábito adquirido em BH), basquete e um pouquinho de volei e futebol. Eu era meio “mala” no futebol, mas de vez em quando conseguia umas jogadinhas que resultavam em gol... :)

Enfim, voltando ao Pan... hoje quando assisti às provas da natação, lembrei de quando era pequeno e morava em BH. Todos os meus amigos nadavam por clubes grandes, e treinavam sério (quase 4 horas por dia de treino – 1 hora antes do colégio, tipo de manhãzinha e 3 horas de tarde). Logo, éramos fascinados por natação. Daí naquela época, as olimpíadas coincidiram com nossas férias de colégio do meio do ano. E eu estava passando férias na fazenda do meu amigo. Lembro bem, quando acordávamos praticamente de madrugada (04:55 da manhã) pra assistir as provas de natação. E como gostávamos de esporte, assistíamos a tudo depois disso. :P E foi esse desejo de assistir à tudo que foi resgatado hoje. Procurei me informar melhor sobre o que estava acontecendo no Pan e etc. E em uma pesquisa rápida no Terra, fiquei feliz em saber que o Brasil está em 3º no quadro de medalhas, superando o Canadá. Torço para que continue assim. Vi o retrospecto dos últimos Jogos Panamericanos e me parece que essa tem sido a melhor campanha do Brasil. Fico feliz em ver que a quantidade de medalhas tem aumentado. E também fico feliz em ver que o esporte está sendo tratado com mais seriedade. Isso é bom, precisamos disso, seriedade, apoio do governo, de empresas privadas, patrocinadores, torcida e etc.

Como o post está enorme, vou falar da F1, como prometido no “Post Extra”.
Desculpem o tamanho... hehehehe

Alex R.

P.S.: Então, pra encerrar essa parte dos esportes em geral: 1)“Pratique esporte!” 2) Pais, coloquem seus filhos no esporte! 3) Escolham um esporte que gostem, e levem à sério! Vocês verão como ele irá abrir a mente de vocês e os ensinará muitas coisas boas!

Um comentário:

Drika Bruzza disse...

Primeiro, Alex: não se desculpe por postar grandes textos no teu blog. O blog é teu, cherrie... e quem quiser ler, vai ler, e quem não quiser, não vai, mas tu TEM que escrever, porque idéias são volúveis e de deterioram com o tempo, o vento, a cerveja, etc. E até sem nada disso, acabam de deteriorando porque foi atropelada por outra, e assim por diante.
Segundo: realmente, esportes são uma base pra o resto da vida. Quando o cara tiver lá, todo caquento, véio descangalhado, com osteosporose e cheio de ruga na cara, ainda vai poder contar pra alguém que "uma vez, lá no longínquo ano de 2000, acertou uma patada do meio do campo e matou a coruja", ou que derrubou um cara com o dobro do tamanho num Ipô, (ou hipô?), ou que tomou uma bolada na área da baixa temporada que fez falar fino. Fora isso, sim, condicionamento físico, umas medalhas aqui ou lá (ou sabe-se lá onde) e amigos que a gente leva pra toda a vida... e algumas antipatias tão vitalícias (ou até mais) quanto.
Sim, vou seguir a tua ordem expressa e assim que der vou colocar meu filhote num judô, ou karatê, embora isso me amedronte um pouco, já que ele é meio maluco, e óbviamente vou acabar apanhando dum ninja mascarado com uma cueca na cabeça quando eu menos esperar.
Sobre o PAN ter atropelado a pista, realmente não foi só isso que se perdeu... alguns monumentos também, mas talvez o fato de ninguém ainda ter invadido um estádio com uma AK-47 em punho gritando "caiu, mano, caiu!!!!" me deixa um pouco aliviada. Ninguém também arrancou a cabeça do Kauê na frente da câmera, e o Brasil em 3º no quadro me faz orgulhar um pouco, mas bem pouco, porque acontecem coisas paralelas que não me deixam ficar de um total feliz.
Brasil é assim: festa aqui, festa ali, aqui missa de 7º dia, ali imprensa catastrófica, Galvão, Dayane e mais 200 pessoas mortas fazem um coquetel que ninguém ia gostar de beber, a não ser que se apareça no telão com um enorme penacho na cabeça. "Sou índio sim!"
Índios no Congo? Ou Congo no Brasil? Ou um americano que não tinha o que falar?
Buena, PAN ou TAM, imprensa ou "prensa" mesmo, sejam bem-vindos ao país de uma das 7 maravilhas do mundo.
Bah.